LEPTOSPIROSE - SINTOMAS, TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO.
A leptospirose e uma zoonose de elevada incidência no pais,
com uma media de 13.000 casos notificados por ano, sendo 3500 confirmados e
letalidade media de 10,8%. Atinge, em sua maioria, pessoas na faixa etária
produtiva, dos 20 aos 49 anos.
A media de internações de pacientes chega a 75 %, mostrando
a gravidade da maioria dos casos detectados pelo sistema de vigilância. Isto
destaca a importância para o diagnostico precoce e tratamento oportuno, como
forma de reduzir a gravidade da doença.
A leptospirose ocorre em todo o território nacional, durante
todos os meses do ano, principalmente nos meses chuvosos, favorecendo a ocorrência
de surtos. Em áreas urbanas, principalmente nas capitais e regiões
metropolitanas, apresenta um caráter epidemiológico mais grave, devido a altas aglomerações
populacionais de baixa renda, que vivem a beira de córregos, em locais com
infra-estrutura sanitária precária e com infestações de roedores, que são
fatores que predispõem ao aparecimento de pacientes de leptospirose.
Um dos objetivos do Sistema Nacional de Vigilância é
diagnosticar e tratar de modo oportuno com vistas a redução da letalidade.
Diante disto, o Ministério da Saúde, por meio desta Secretaria, elaborou este
guia voltado a subsidiar o medico
clinico para condutas oportunas de atendimento e para o
manejo adequado de pacientes da doença.
Sintomas
São parecidos com os de outras doenças como gripe, febre
amarela, dengue, malária, hantavirose e hepatites. Os principais são: febre,
dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas
(batata-da-perna). Em 10% dos casos, pode ocorrer a forma grave da doença, com
o aparecimento de icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas) por
insuficiência hepática, manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos em
nariz, gengivas e pulmões) e comprometimento dos rins. A evolução para o coma e
a morte pode ocorrer em cerca de 10% das formas graves. Os primeiros sintomas
aparecem de dois a 30 dias depois do contato com a contaminação. Na maior parte
dos casos, aparece sete a 14 dias após o contato.
Transmissão
A transmissão ocorre, principalmente, através do contato com a
água ou lama de enchentes contaminadas com urina de animais portadores,
sobretudo os ratos. A penetração da Leptospira no corpo, através da pele, é
facilitada pela presença de algum ferimento ou arranhão. Também pode ser transmitida
por ingestão de água ou alimentos contaminados.
Prevenção
Evitar o contato com água ou lama que possam estar contaminados
pela urina de rato. Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e
desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha. Medidas ligadas
ao meio ambiente, tais como o controle de roedores, obras de saneamento básico
(abastecimento de água, lixo e esgoto) e melhorias nas habitações humanas
também ajudam na prevenção..
(FONTE: http://www.bio.fiocruz.br/index.php/sintomas-transmissao-e-prevencao)